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S.PIQUERI
ARARAQUARA E REGIÃO
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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A cada dois minutos, cinco mulheres espancadas no Brasil

Uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc projeta chocante estatística: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. A pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado” foi feita em agosto de 2010 e complementa estudo similar de 2001. Foram ouvidos 2.365 mulheres e 1.181 homens com mais de 15 anos, em 25 Estados, sobre diversos temas. Mas a parte que salta aos olhos é, novamente, a da violência.
Para chegar a essa estimativa, os pesquisadores projetaram, com base em sua amostra, que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões - 1,3 milhão delas nos doze meses que antecederam a pesquisa.
O aspecto positivo dos dados é que eles caíram: há 10 anos, eram oito as mulheres agredidas a cada dois minutos. Isso não deve, porém, minimizar o absurdo de ainda se ter esse enorme contingente de espancadas no País, acreditam os pesquisadores.
“Os dados mostram que a violência contra a mulher não é um problema privado, de casal. É social e exige políticas públicas”, diz Gustavo Venturi, professor da USP e supervisor da pesquisa.
Força da lei
A pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha. “A lei é uma expressão de uma crescente consciência do problema da violência contra as mulheres”, afirma. Entre os pesquisados, 80% aprovam a nova legislação. Mesmo entre os 11% que são críticos, a principal ressalva é ao fato de que a lei é insuficiente.
Esta edição do estudo traz também dados inéditos sobre o que os homens pensam sobre a violência contra mulheres. Enquanto 8% do total admitem ter batido na mulher, 48% dizem ter um amigo ou conhecido que batem na mulher e 25% têm parentes que agridem as companheiras. “Dá para deduzir que o número de homens que admitem agredir está subestimado. Afinal, metade conhece alguém que bate”, avalia Venturi.
Ainda assim, surpreende que, no total de homens, 2% declarem que “tem mulher que só aprende apanhando bastante”. Além disso, entre os 8% que assumem praticar violência, 14% acreditam ter agido bem e 15% declaram que bateriam de novo, o que indica um padrão de comportamento e não uma exceção.
Respostas sobre agressões sofridas ainda na infância reforçam a ideia de que a violência pode fazer parte de uma cultura familiar. “Pais que levaram surras quando crianças tendem a bater mais em seus filhos”, explica Venturi. No total, 78% das mulheres e 57% dos homens que apanharam na infância acreditam que dar tapas nos filhos de vez em quando é necessário.
(O Povo On Line - Fortaleza - 21/02/2011)

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