Os detentos de presídios
federais poderão reduzir suas penas com a leitura de livros. Uma
portaria conjunta do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da
Justiça Federal, publicada na sexta-feira no Diário Oficial da União,
estabelece a diminuição de quatro dias da condenação a cada obra lida.
Caso o preso termine 12 livros ao longo de um ano, e comprove a leitura
por meio de resenhas, deixará de passar 48 dias no presídio.
A participação no Projeto Remição pela Leitura é voluntária. O detento terá entre 21 e 30 dias para ler uma obra que, pela Portaria Conjunta nº 276, poderá ser literária, científica ou filosófica. Nas resenhas, serão avaliados estética (uso de parágrafos e de letra cursiva), limitação ao tema e fidedignidade (não serão permitidos plágios). A análise das resenhas e o acompanhamento dos participantes ficarão a cargo de uma comissão nomeada pelo diretor de cada penitenciária. O projeto será aplicado apenas nos quatro presídios federais do país. Poderão participar detentos em regime fechado e presos provisórios, que ainda não foram a julgamento. Ainda de acordo com o texto da portaria, as resenhas deverão ser enviadas posteriormente a um juiz, que decidirá se haverá remissão da pena. O advogado Guilherme Nostre, do escritório Moraes Pitombo Advogados, considera o projeto "bem-intencionado", mas critica o fato de a medida ter sido decretada por meio de uma portaria. "Uma nova forma de remissão só poderia ser criada por meio de lei", afirma, acrescentando que a função de fiscalizar as resenhas produzidas pelos presos pode sobrecarregar ainda mais os juizes. Renato Vieira, do escritório Andre Kehdi & Renato Vieira Advogados, também apoia o projeto, desde que sejam mesmo enviados livros aos presídios. "Não adianta nada o executivo lançar o projeto e não formar um bom acervo nesses presídios", diz. O advogado Andre Kehdi, que atua na mesma banca, afirma que hoje somente alguns presídios federais e estaduais têm bibliotecas. Na maioria dos casos, segundo ele, os acervos são desorganizados, e não há estrutura para receber as obras. "Às vezes, os livros estão disponíveis só aos funcionários, e não aos presos." De acordo com a assessoria de imprensa do Departamento Penitenciário Nacional, todos os presídios federais possuem bibliotecas, e o Projeto Remição pela Leitura é aplicado desde 2009 nos presídios de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e Catanduvas, no Paraná. Hoje, a Lei nº 12.433, de 2011, que alterou a Lei de Execução Penal, prevê apenas a redução de pena por meio de estudo e trabalho. De acordo com a norma, a remissão é de um dia de pena a cada 12 horas de estudo ou três dias de trabalho. (Valor Econômico - Legislação e Tributos - por Bárbara Mengardo - 25/06/2012) |
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E QUE O SOL BRILHE PARA TODOS, A JUSTIÇA SE FAÇA PRESENTE, O BOM DIREITO SEJA PRATICADO
S.PIQUERI
ARARAQUARA E REGIÃO
As postagens e pareceres aqui presentes nem sempre refletem minha opinião pessoal. Todos os textos que não forem de minha autoria terão os devidos créditos de seus autores originais.
Este local não se destina, em absoluto, a prestar consultas juridicas virtuais, sendo meu primordial interesse a divulgação de leis, sites de interesse jurídico e artigos de interesse da população em geral.
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segunda-feira, 25 de junho de 2012
Leitura de livros reduzirá pena
Marcadores:
Redução de pena pela leitura
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